Cáritas Portuguesa veio ao Algarve apresentar o projeto ‘Cáritas na Escola’
A Cáritas Portuguesa veio ontem ao Algarve apresentar com a Cáritas Diocesana o projeto ‘Cáritas na Escola’ que teve início em setembro deste ano e que visa trabalhar a temática da paz nas escolas.
A organização da Igreja Católica esteve ontem na Escola EB 2,3 Dr. Alberto Iria, em Olhão, para falar aos alunos de duas turmas das disciplinas de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) e de Cidadania e Desenvolvimento que se organizaram em colaboração para receber o evento.
Ao Folha do Domingo, o representante da unidade de comunicação, angariação e campanhas da Cáritas Portuguesa explicou que a iniciativa, promovida em parceria com o SNEC – Secretariado Nacional da Educação Cristã, se destina a escolas do primeiro ciclo ao secundário (na sua grande maioria do 7º ao 12º ano) de todo o país. Depois da divulgação da Cáritas junto do SNEC, as cerca de 90 escolas de todos os distritos, exceto Portalegre-Castelo Branco, que se candidataram estão agora a receber as sessões.
Hugo Coelho contou que o projeto surgiu no contexto da celebração dos 65 anos da Cáritas que ocorre este ano. “Queria-se repensar a operação ‘10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz’ porque estava muito centrada só na venda de velas e tinha de se resgatar a ideia de se trabalhar a temática da paz e recentrar o Natal. E uma das formas de o fazer era nas escolas, com os professores e com os jovens”, desenvolveu.
Aquele responsável realça que a finalidade da iniciativa é a de “trabalhar a paz; sensibilizar os jovens para um gesto pela paz, através da compra das velas e, assim, da contribuição para projetos quer da Cáritas Diocesana do Algarve, quer internacionais; e recentrar o Natal e os seus valores”.
Hugo Coelho explicou que o projeto é composto por três fases: antes, durante e após a visita. Da primeira faz parte um kit para o professor de EMRC “usar em contexto de sala de aula”, composto de vários recursos. A terceira fase é constituída pela resposta ao desafio de contribuição com um gesto pela paz com a venda das velas.
Por outro lado, aquele membro da Cáritas Portuguesa explica também que o projeto visou também “dar a conhecer a Cáritas à comunidade, saber que podem ter ali um ponto de apoio para situações mais vulneráveis que a vida traz”. “E também trazer jovens para a Cáritas. Para conhecer que a Cáritas é uma organização que está em todo o lado e que trabalha temáticas tão diferentes como a paz, a solidariedade e que, quer no Iémen, no Sudão ou em Portugal, em Olhão ou no Fundão, está a trabalhar com crianças, jovens e idosos”, prosseguiu.
Hugo Coelho explicou que aquele “projeto-piloto” que está a ser testado, que começou em setembro e terminará em janeiro, será depois avaliado “com todos os parceiros” para perceber qual o melhor modelo. “Para o ano também vai haver. Isso é uma certeza”, garantiu.
O presidente da Cáritas Diocesana do Algarve, que também esteve presente com duas colaboradoras, adiantou que para além da escola de Olhão, também a EBI/JI do Montenegro se candidatou e irá receber o projeto. Carlos Oliveira destacou a importância da iniciativa para dar a conhecer a instituição diocesana. Ontem, na sua intervenção, explicou que a Cáritas no Algarve tem várias delegações nas paróquias e apresentou a campanha ‘Colega a Colega’ para ajuda de alunos com necessidades e às suas famílias.