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Início > Sem categoria > Jornadas de Ação Sociocaritativa da Diocese do Algarve desafiaram a “uma Igreja renovada” para construção de um “mundo diferente”

Jornadas de Ação Sociocaritativa da Diocese do Algarve desafiaram a “uma Igreja renovada” para construção de um “mundo diferente”

  • 7 Março, 2023
  • Cáritas Algarve
  • Sem categoria

As XXI Jornadas de Ação Sociocaritativa da Diocese do Algarve deixaram claro no último sábado aos 64 participantes que “um mundo diferente não só é desejável como é possível”, se se comprometerem na sua transformação.

Carlos Oliveira – Presidente da Cáritas Diocesana do Algarve

Juan Ambrosio veio assegurar que se está a viver atualmente uma “mudança épocal paradigmática”. “Até mesmo a experiência religiosa está a metaforsear-se. Estamos a construir verdadeiramente um mundo novo”, acrescentou o teólogo e professor da Universidade Católica Portuguesa na iniciativa que teve lugar no Seminário de São José de Faro, sob o tema “«Outro Mundo é possível» – O compromisso social cristão num tempo de transformação”, promovida através da Cáritas Diocesana do Algarve.

Juan Ambrosio

O orador, que disse ser preciso identificar-se “com cuidado os desafios” para que esse “outro mundo seja possível”, defendeu ainda ser “em tempo de crises que se têm de tomar decisões”. “Se olhamos o futuro a partir do medo, quase inevitavelmente vão surgir os projetos que pretendem devolver-nos ao passado”, advertiu, considerando que “esta é uma das razões que explica tantos movimentos fundamentalistas” na atualidade e que “tradição e tradicionalismo” “são coisas muito diferentes”.

“Em vez de olharmos para esta situação que estamos a viver como um problema e uma ameaça, acho que ganharemos mais em olhá-la como uma oportunidade”, considerou, exortando à “leitura crente dos sinais dos tempos”, ou seja, que eles sejam interpretados “à luz do Evangelho”, mas “em diálogo com o mundo”. Nesse sentido, lembrou que esses sinais são lidos na história humana, “através de um discernimento sinodal coletivo” e alertou que esse exercício “vai criar tensões”.

Identificando como sinais a “primazia da vivência individual”, a “secularização”, a “pluralidade”, “a crise das estruturas da transmissão”, a “destradicionalização e perda da memória”, a “cultura do descarte”, a “globalização da indiferença”, a “transformação do humano e a fragmentação da humanidade” ou a “individualização do crer”, Ambrosio considerou que “a pluralidade pode e deve ser uma riqueza” e apelou
apelou à “mediação na experiência cristã” e à “inculturação da fé” que “não se trata só de fazer com que a fé marque a cultura”, mas “também que a cultura marque a fé”. O orador constatou ainda a “não evidência de Deus”. “Se queremos que a pessoa descubra Deus, não lhe podemos apresentar Deus a partir da categoria da evidência. Temos de lhe propor Deus a partir da categoria da experiência”, distinguiu, destacando que “esse encontro só pode acontecer na comunidade crente”.

“Precisamos de uma Igreja renovada”, defendeu, referindo-se a uma “Igreja plural”, identificada com a “imagem do poliedro” contraposta à do “cilindro”. “A Igreja tem de ser plural porque o mundo é plural”, reforçou. “Precisamos de passar de um Cristianismo herdado e «eclesiastizado» a um Cristianismo personalizado. Não podemos continuar a viver uma experiência cristã simplesmente daquilo que herdámos. Não podemos prescindir daquilo que herdámos, mas temos de criar coisas do nosso tempo para o nosso tempo. Temos de passar para uma fase em que cada um assume as responsabilidades da sua condição batismal”, desenvolveu, desafiando à mudança “de um modo autorreferencial de propor e viver o Cristianismo a uma atitude de saída e de ida às periferias” como propõe o Papa Francisco.

Defendendo a retoma de uma “hierarquia de verdades no Cristianismo”, em que a “primeira é a misericórdia de Deus”, o teólogo exortou a um “Cristianismo (re)situado no coração do mundo e do humano”. “Temos de proporcionar aos nossos contemporâneos a experiência de Deus a partir do coração do mundo”, afirmou, apelando à passagem “de um Cristianismo principalmente centrado nas normas e nas doutrinas para um Cristianismo centrado na relação de Deus com as pessoas e no seu projeto para a humanidade”. “Ainda temos um Cristianismo demasiado centrado em normas e doutrinas. Não podem ser elas o único critério para medir a qualidade do cristão. O Cristianismo vai ter de aprender a levar a sério a diversidade dos itinerários humanos na relação com Deus. São múltiplos os caminhos para se chegar até Deus”, desenvolveu, referindo-se a uma “variedade de itinerários humanos que foge à dicotomia demasiado simplista” do “regular e irregular” com que os cristãos estão “habituados a pensar o Cristianismo”.

Nesse sentido pediu que se passe “de um Cristianismo que tudo sabe para um Cristianismo que se sabe capaz de aprender”, que possa “ousar falar dele com humildade e como quem contempla”; “de um Cristianismo cristandade para um Cristianismo que não tem medo de ser minoria”. “Uma minoria qualificada e qualificadora” porque “só na medida em que for qualificada pode ser qualificadora”, especificou, considerando que cada comunidade cristã “devia ser qualificadora do tecido social” onde se encontra e que “o interface entre as comunidades cristãs e o mundo passa pelo setor da ação social”. “A ação social da Igreja parece-me cada vez mais importante na transformação do mundo”, vincou.

O docente considerou assim que a “transformação do mundo” pedida aos cristãos é a de “ousar proporcionar a experiência da fresta” por onde passa a luz. “O exercício da leitura dos sinais dos tempos, procurando entender as interpelações de Deus em cada momento histórico e do cuidar uns dos outros, pode ser a fresta por onde o inesperado pode entrar, pode ser oportunidade de um mundo novo que se começa a construir”, afirmou, considerando que este “pode ser tempo favorável para fazer emergir algo radicalmente novo”. “A tarefa que temos pela frente é ciclópica, mas, se calhar, o que nos está a ser pedido neste momento é sermos esta fresta”, sustentou, acrescentando ser “preciso ensaiar novos caminhos, uma nova maneira de viver”.

De tarde, os participantes — oriundos das paróquias de Algoz, Sé, São Pedro (incluindo da comunidade de São Paulo) e São Luís de Faro, Quarteira, conferências vicentinas de Aljezur e Tavira, Cáritas paroquiais de Portimão, Boliqueime, São Brás de Alportel e Loulé e do Setor Diocesano da Pastoral Juvenil — divididos por grupos foram desafiados a olharem para as suas realidades e detetarem um ou dois desafios “do ponto de vista da transformação do mundo” e a sugerirem uma ou duas atitudes a ser tomada.

O bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, que esteve presente na abertura do encontro considerou o seu tema “importante” e “essencial no que diz respeito à identidade da própria Igreja”.

D. Manuel Quintas – Bispo do Algarve

Fonte: Folha do Domingo


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